Diário de Natal faz entrevista com Sandy

Manuscrito é mais autoral; traz um pop acústico. Esta será a tônica dos próximos trabalhos?
O CD ficou muito a minha cara: reflete quem sou como pessoa e artista. Acho que encontrei um estilo que me agradou e foi bem aceito pelo público, mas não sei se será o mesmo dos próximos álbuns.
O CD tem lá um que de tristeza em algumas canções. Foi reflexo de algum momento seu?
Sim. Foram momentos mais melancólicos que passei. E gosto de usar essa melancolia para compor esses acordes menores; ela me inspira muito, me encanta, me comove. E realmente tem algo biográfico, mas não é totalmente a minha história. São meus sentimentos que misturo com alguma ficção.
O CD está bem uniforme, com canções gostosas de ouvir. Foi difícil escolher o título?
Ah, muito obrigada! Mas olha, escolhemos as músicas Quem eu sou e Vou pensar, já bem aceitas pelo público.
No Programa do Jô você disse gostar muito de jazz e deu uma canja lá interpretando Summer Time. Já pensou em um CD mais ao estilo?
Gosto muito, muito, muito de jazz. É o que mais ouço. Já fiz turnê solo em um projeto paralelo quando ainda cantava com Junior. Era um repertório variado de músicas que eu gostava de cantar. Me realizei bastante. Mas é cedo para pensar nisso. Quem sabe, né?
Junior participou de algumas composições do CD e da concepção do show. Como se deu essa retomada na parceria?
Isso. Ele foi um dos produtores do disco. Também compôs duas músicas e é o diretor do show. Lucas é o produtor. Ele ajudou na concepção de cenário, de som... E aí chamamos especialistas para concretizar as ideias. Também fez vídeo junto com o diretor do clipe. E olha: ele deu show, é muito bom trabalhar com Junior.
Você já teve um retorno quanto à aceitação desse novo estilo?
Meu público é mais ou menos esse: um público já com seus 30 anos. E muitos continuam me acompanhando e se identificaram com o novo som. O bom é que vejo também outro público surgindo, que não se identificava tanto e hoje recebe bem essa nova proposta.
Você foi garota-propaganda da cerveja Devassa. A ideia foi uma jogada de marketing no intuito de mostrar sua nova fase ou foi um lance financeiro?
Nenhuma das duas coisas. Não foi marketing meu até porque recebi o convite deles. E achei um conceito de propaganda bem moderno. E outra: não menti ali. A propaganda fala de comportamento. Não é outra coisa. Todos nós temos um lado mais desinibido, descontraído. E tem o lado financeiro também. É importante para o artista se manter, se sustentar.
Fonte: Diário de Natal
Sérgio Vilar // sergiovilar.rn@dabr.com.br
0 comentários:
Postar um comentário